Sobre

Em 1996, Abel Frutuoso e a sua esposa Teresa Fernandes, tiveram a ideia de instalar aqui o restaurante Lombada, num terreno que, 68 anos antes, tinha sido herdado pela mãe do primeiro, a Sra. Isabel da Ascensão Português.

Nessa época a propriedade era uma eira transmontana tradicional, usada para a debulha dos cereais e na maior parte do ano, para guardar palha em montões conhecidos por medas, que tinham o especto de cabanas.

A palha era apenas um dos produtos que resultava do árduo trabalho centenário do cultivo de cereal e da produção do pão, que até ai tinha sido sempre exclusivamente manual, como alias todos os trabalhos agrícolas.

Depois da segada (o corte), que era efetuado com o auxílio de foices, o centeio era transportado até aqui em carros puxados por animais, atividade designada por acarreja.

Mas a mecanização começava a querer dar os primeiros passos com o aparecimento das malhadeiras, máquinas inovadoras que separavam o grão da palha. Ainda assim, o seu funcionamento exigia o duro trabalho de várias pessoas, que desempenhavam funções diferentes que iam da introdução dos molhos de centeio na máquina até à ensacagem do grão ou à construção destas medas de palha em forma de cone.

Depois os tempos mudaram, mudaram mesmo muito e o que era uma eira, transformou-se pouco a pouco neste espaço que gostaríamos que fosse acolhedor para quem nos visita. Contudo, as suas memórias, ajudadas por algumas fotografias, não deixam de permanecer em quem aqui trabalha todos os dias. Com toda a dedicação, nomeadamente Abel, Teresa e o filho Bruno Miguel.

Foi este apontamento breve sobre essas memórias que eu João Rafael, neto da senhora Isabel da Ascensão, não quis deixar de contar aos nossos visitantes e amigos.